29 de Abril de 2022 às 17:07
Tornar seguro um dos mais valiosos ativos que uma pessoa física ou jurídica pode ter, qual seja, seus dados, tendo como objetivos principais, a proteção, disponibilização, confidencialidade e integridade dessas informações.
A Segurança da Informação (S.I) faz parte do dia-a-dia de todos nós, dos aplicativos quase infinitos para smartphones, passando por websites, caixas eletrônicos, e-mails, registros em órgãos públicos, dados de geolocalização, redes sociais, enfim, nossos dados precisam estar seguros contra o acesso e uso indevido por aqueles que de alguma maneira irão nos prejudicar, influenciar, manipular e causar danos que muitas vezes são irreversíveis, trazendo sofrimento emocional muito grande.
No ambiente corporativo a segurança da informação age como proteção a acessos não autorizados no seu ativo tecnológico e os danos em sua grande maioria são financeiros, ou na paralisação das atividades da empresa, o que afeta diretamente sua imagem e credibilidade. Mas, e à segurança da informação dentro da família? Qual o nível de “destruição” que um ataque a esse ativo tão sensível pode causar em nossas vidas? A resposta é:
De danos gravíssimos as finanças até mesmo a morte de alguém.
Vou dar alguns exemplos de como você já deve ter feito algumas coisas que a princípio parecem ser normais e até inocentes em alguns casos, mas que podem produzir dados e informações úteis para quem quer “stalkear” (investigar) sua vida, tentar fraudar suas contas em redes sociais, criar contas “fake” para iludir e enganar seus amigos e familiares, tentar te sequestrar digitalmente e muitas outras atividades que estão sendo criadas todos os dias a medida em que nós também vamos nos tornando cada vez mais dependentes da tecnologia.
Exposição desnecessária em redes sociais. O que pode gerar dados sobre geolocalização, costumes, atividades e rotinas.
Recebimento e compartilhamento de informações pessoais, como documentos, endereços, telefones, fotos, vídeos, que podem ser analisados e mapeados para diversos fins como fraudes ou ataques.
Outro ponto importante da segurança da informação para além do escritório são nossas crianças e adolescentes que estão sendo atacados diariamente em todas as áreas tecnológicas e como elas não tem maturidade para lidar com a engenharia social que chega nelas, muitas acabam sendo enganadas, e com isso são arrastadas para um abismo que pode levar a depressão e o suicídio, como nos casos de fotos ou vídeos íntimos publicados, como o famoso “pornografia de revanche”, vazamento de dados sensíveis a pessoa, bullyng virtual, ameaças, stalking, racismo, homofobia, crimes de ódio e intolerância e todo tipo de ataques a reputação de adultos, adolescentes e crianças.
A Safernet divulgou que no último ano, aumentou em mais de 60% as denúncias de crimes ligados a ódio na internet. A Deepweb que pode ser facilmente acessada por qualquer pessoa sem nenhum tipo de filtro, é um verdadeiro celeiro de pornografia infantil, tendo em seus fóruns obscuros, de tudo um pouco, com isso a cada dia novos usuários se multiplicam na busca por fotos e vídeos com esse tipo de material que se retroalimentam e literalmente criam novos pedófilos a todo instante, por isso as análises de inteligência e monitoramento dos casos de abuso já fazem a seguinte estatística, de que uma em cada três meninas será abusada ou molestada sexualmente pelos próximos 10 anos, isso também vale para os meninos.
A segurança da informação para além do escritório é uma urgência em todas as áreas da sociedade, ou nos protegemos, ou viveremos um caos dentro das empresas, nas famílias, nas escolas, nas praças e até mesmo nas instituições religiosas. A destruição causada por esses ataques causa prejuízos enormes ao setor público, privado, às famílias e a toda a sociedade. Alguém que está passando por isso não conseguirá ter um bom desempenho no trabalho, uma criança vítima de ataques virtuais não terá um bom desempenho escolar, e por aí vai.
Existem algumas formas iniciais de proteção:
- Conscientização de que a tecnologia precisa ser monitorada em casa.
- Desconfiança de que nada é de graça e nem tudo é positivo para você.
- Proteção através de atitudes e apoio tecnológico contra os ataques diários.
- Denúncia através dos canais oficiais para que as autoridades tomem providências.
- Aprender sobre a contra inteligência cibernética e se proteger com os meios necessários.
Para concluir, sugiro a seguinte reflexão: “A redução dos crimes na web também depende da conduta e das boas escolhas online”.