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Voltar MTI realiza diálogo público com empresas sobre modelo de contratação de fábrica de software


25 de Outubro de 2019 às 14:21
A intenção foi discutir sobre o processo que deverá ser adotado no chamamento público para a seleção de parceiro estratégico.
Karine Miranda | MTI


MTI realiza diálogo público com empresas sobre modelo de contratação de fábrica de software - Foto por: Assessoria/MTI
MTI realiza diálogo público com empresas sobre modelo de contratação de fábrica de software
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A Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) realizou, na tarde de quinta-feira (24.10), o primeiro diálogo público junto às empresas privadas sobre o modelo de contratação de fábrica de software baseada na Lei das Estatais (Lei nº 13.303/2016). A intenção foi discutir sobre o processo que deverá ser adotado no chamamento público para a seleção de parceiro estratégico. 

A MTI é uma das primeiras empresas públicas do país a adotar a Lei das Estatais para formalização de parcerias estratégicas. Inclusive, já foram formalizadas outras parcerias, porém, nenhuma com fábrica de software. Todos os processos das parcerias estratégicas já formalizadas foram acompanhados pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Controladoria Geral do Estado (CGE).

Segundo o diretor-presidente da MTI, Kleber Geraldino, em razão desse pioneirismo - e a fim de assegurar a transparência e a legalidade de todo o processo de chamamento público -, a MTI propôs o formato do diálogo público e fez um convite público para que todas as empresas interessadas participassem.

“Essa lei veio para impulsionar as empresas estatais e seus segmentos. Como uma das empresas estatais, a MTI é a primeira a fazer esse tipo de parceria. Vemos que isso é o futuro. Não adianta nós do Estado queremos implementar algo que o mercado já tem funcionando a contento, muito melhor e, às vezes, com mais robustez. Por isso, estamos partindo para essa metodologia. Aliás, todos os Estados estão partindo para essa metodologia, pois esse parceiro vem para ajudar a trazer um produto dele ao Governo do Estado”, explicou.

O vice-presidente da MTI, Cleberson Gomes, também destacou a importância do diálogo para a construção de um processo de contratação baseado na parceria, cujo modelo é considerado fundamental para a existência da empresa enquanto provedora de tecnologia para solucionar as necessidades dos clientes, especialmente da administração pública.

Com parceria, a MTI busca ampliar a capacidade de entregas de produtos com qualidade, garantir a continuidade dos produtos entregues, aumentar a receita e competitividade, além de ampliar a expertise da MTI. Atualmente, a MTI atende a 174 clientes, oferta mais de 60 serviços e realiza mais de 20 mil atendimentos por ano. 

“Pensamos em inovar em várias fases que a MTI passa, até mesmo no modelo de contratação. Isso que estamos propondo é um modelo que ainda não tem no Brasil. Mas a sustentação do que estamos fazendo está na Lei das Estatais.  Para prover serviços estamos usando a lei para encontrar parceiros privados e prover a melhor tecnologia. Para escolher o parceiro, temos que fazer um processo, com uma série de critérios que serão explicados ao longo deste diálogo”, disse.

Ao todo, 13 empresas de tecnologia participaram do diálogo público. Durante o evento, o assessor executivo da MTI, Sandro Brandão, esclareceu as nuances da Lei das Estatais e sobre o processo de chamamento a ser adotado, que compreende o recebimento das propostas das empresas interessadas, avaliação técnica e de negócio dessas propostas e, por fim, a divulgação do parceiro selecionado, que pode vir a ser mais de uma empresa.

“Nós não estamos comprando tecnologia de vocês, estamos trazendo vocês para, junto conosco, compor essa parceria. Então, vamos avaliar a capacidade técnica, as certificações de maturidade empresarial de processo, comprovação de experiência, capacidade operacional de entrega, apetite de investimento na parceria, aporte de mentoriamento e conhecimento na MTI, além do retorno financeiro à MTI”, esclareceu.

Já o processo de formalização de parceria junto à MTI consiste nos seguintes passos: seleção do parceiro, que será feito anteriormente por meio do chamamento público, a modelagem do negócio com o selecionado, as aprovações e autorizações necessárias, além da publicidade, assinatura do contrato e, por fim, o atendimento aos clientes e às demandas do Governo do Estado. 

“O parceiro selecionado terá alguns benefícios, como maior longevidade na entrega de serviços, expansão de negócio na administração pública, foco no que é especializado, modelo mais moderno de entrega de serviço e intercâmbio tecnológico e negocial. Comercialmente, vocês podem potencializar outros benefícios”, disse Brandão.

Modelo de Operação 

Quanto ao modelo de operação com a parceria selecionada, o analista de TI Marcos Daniel Martins explicou sobre como é o ambiente tecnológico de soluções de software presente na MTI. As linguagens de programação utilizadas na empresa são Java, PHP, Genexus, Python, Ruby, C#.Net, VB.Net, Ionic, Recat Native. Já as arquiteturas e padrões de desenvolvimento e integração de sistemas são SOA, ESB, MVC, WSO2, X-Road, Java EE/J2EE, Reflective Blackboard, Microservices e Microkernel. 

A analista de TI Wannessa Rocha também esclareceu sobre como será o funcionamento do modelo de operação, o que será baseado no conceito de células, sendo células de projeto de software, células de manutenção e sustentação, além da equipe técnica da MTI que vai dar suporte ao desenvolvimento devops (infraestrutura e suporte).

A célula de projeto de software será composta por um líder da célula, que será da MTI, o dono do produto, o gerente de sistemas, arquiteto, analista de negócio, analista de qualidade, desenvolvedor e designer. Já a célula de manutenção e sustentação que vai incluir a mesma equipe, menos a figura do dono do produto.

“Uma célula de projeto é montada, atende a solução de software, depois a gente desarticula essa célula junto à parceira e depois esse produto vai para a sustentação. Nesse modelo vemos claramente que a parceria com a fábrica é composta pela MTI, cliente e a própria empresa”, disse.

Ao final de todas as apresentações, as empresas participantes puderam esclarecer dúvidas e dar sugestões a fim de contribuir com a construção do edital para o chamamento público à formalização da parceria. Também foi disponibilizado o e-mail inovacao@mti.mt.gov.br para aqueles que quiserem entrar em contato com a MTI para elucidar quaisquer dúvidas.

Participaram do diálogo público as empresas Arquivar, Ábaco Tecnologia da Informação, Basis Tecnologia da Informação, Ewave do Brasil, Indra, Ibrascon, Memora Processos, Inovadores, Pentágono, Selitel, Squadra Tecnologia, Sonda, Tecnomapas e TDS Tecnologia.